Polar-Plunge

Vai tomar banho!!!

Tendo nascido em Seattle – um lugar frio, desde sempre eu fui acostumado a tomar banho quente e por isto nunca fui muito fã de água fria.

De uns 15 anos pra cá, isso virou uma certa aversão e chegou num ponto em que muitas vezes eu deixava de curtir pequenos momentos como tomar um banho de rio durante uma trilha ou passar férias na praia e voltar de lá sem ter dado sequer um mergulho no mar.

Mas com certeza, o pior foi em fevereiro de 2012 quando fui para a Antártida, tive a chance de uma vida de fazer polar plunge e não fiz! Tudo para evitar o desconforto de entrar na água gelada…

Ainda no primeiro semestre de 2012, eu fui fazer o Curso Básico de Montanhismo no CAP. Na montanha em geral e no curso em particular, nos colocamos em várias situações de desconforto. Foi durante o curso, que pela primeira vez eu tive contato com a noção de que se submeter a situações de desconforto não é de todo ruim. Pelo contrário, podem haver aspectos positivos na forma de como passamos a enxergar o mundo, aquilo que nos cerca, as situações que nos são colocadas e o mais importante: como reagimos a isso tudo.

Mas vamos deixar o CBM para um próximo post e voltar à questão da água fria por que no final do ano passado, eu cruzei com um vídeo bem interessante sobre a Terapia do Banho Gelado – ou Cold Shower Therapy no original em inglês. Assiste o vídeo. Vale a pena.

Hoje fazem 6 meses que estou tomando banho frio.

Não dá pra dizer que eu virei um trator e saí resolvendo tudo o que eu gostaria e não resolvo pra não enfrentar uma situação de desconforto, mas já tirei várias coisas da minha To Do List que eu que eu vinha protelando por meses. Acredito que seja um bom começo.

 

P.S: Desde 11 de dezembro de 2014, só tomei banho quente em 3 ocasiões – curiosamente, todas no verão. Até agora foi relativamente fácil. Se conseguirei atravessar o inverno fazendo isso, aí já é outra questão 🙂

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Alfred Myers

I have been interested in computers since I got my hands on a magazine about digital electronics back in 1983 and programming them has been paying the bills since 1991. Having focused on Microsoft-centric technology stacks for the best part of two decades, in recent years I’ve been educating myself on open source technologies such as Linux, networking and the open web platform.